Após apanhar, cão é amarrado em mangue em SC: “Deixado para morrer”

Após apanhar, cão é amarrado em mangue em SC: “Deixado para morrer”


Um cachorro pit bull mestiço foi abandonado em maio deste ano na rua Manoel Pio, bairro Jardim Iririú, zona Norte de Joinville. Uma moradora da rua passou a cuidar do bichinho, dando água e o alimentando enquanto a Frada (Frente de Ação pelos Direitos Animais) encontrar um lar.

Ela não tem condições de adotar o animal, mas se comprometeu em cuidar dele na rua mesmo e recebe ajuda de outros moradores. Pitt bull é calmo e não morde. Só está a espera de um lar. Acontece que o pit bull sempre corre atrás de motocicletas e ciclistas que passam na rua, causando apreensão e até risco de queda.

“Ele não é violento, é muito calmo e não morde, mas continua correndo atrás das motocicletas”, explica Liliane Lovato, presidente da Frada. Um pessoa que deve ter se incomodado com isso agrediu o cachorro e o amarrou em uma árvore perto do mangue. “Intenção era fazer com que ele morresse afogado quando a maré subisse”, acredita a Frada. Isto aconteceu no último domingo, dia 15.

A mulher que cuidava dele na rua sentiu a falta e foi procurá-lo. Encontrou o pitbull no mangue entre as ruas Manoel Pio e Áureo Gomes do Vale, amarrado e todo machucado. O salvou e trouxe de volta para a rua.

Como o cão é de grande porte, está difícil de encontrar um tutor, admite Liliane Lovato. “O ideal seria que o Centro de Bem-estar Animal de Joinville recolhesse o animal porque uma vez na rua ele está sujeito a qualquer coisa”, comenta a presidente da Frada. Para Liliane, está faltando muita consciência das pessoas.

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“Ninguém é obrigado a adotar um animal, mas quando adota precisa cuidar até o fim. Um bichinho vai viver até 14, 15 anos. Então, a pessoa que o adotou tem a obrigação de cuidá-lo até o fim”, suplica.

Assim como o pit bull, muitos outros animais são abandonados diariamente em Joinville, isto sem contar das agressões. Recentemente, aliás, um cachorro foi amarrado em um trilho de trem e teve a cabeça arrancada.

A brutalidade foi na rua Gustavo Henrique Meyer, no bairro Floresta, zona Sul de Joinville. A Polícia Civil investiga o caso, mas até o momento responsável pelo crime ainda não foi identificado.

Motivos dos abandonos

Segundo Liliane Lovato, presidente da Frada, muitas pessoas adotam os bichinhos, cuidam, brincam enquanto eles são pequenos. Depois de um tempo, quando crescem, os amarram atrás de casa e os abandonam.

“Recebi uma ligação de uma moça dizendo que tinha quatro cachorros, mas iria se mudar para um apartamento e só poderia levar dois. Fiquei me perguntando por que ela pegou quatro cachorros se tinha planos de se mudar ou por que não se mudou para uma casa para que pudesse levar os cães”, desabafa.

“As pessoas acham que as ONGs têm a obrigação de cuidar dos cachorros abandonados e isso não é verdade. Fizemos o que podemos, um trabalho voluntário e não recebemos ajuda financeira da Prefeitura. Cada um tem de ter consciência do que está fazendo e se for adotar tem de cuidar até o fim”, frisa Liliane.

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Quem tiver interesse de adotar o cachorro pode ligar para  (47) 99644-7212. Pode ser até um lar temporário, destacou a Frada, até que se encontre um lar definitivo para o bichinho carente.

Pena pode chegar a 5 anos de prisão

Segundo o delegado Larry Marcelo Rosa, da Polícia Civil de Joinville, todos os casos de maus-tratos a animais domésticos são investigados. Por meio dos inquéritos policiais, é realizado o indiciamento dos suspeitos e os casos são encaminhados à Justiça.

São mais de 150 casos em investigação em Joinville, isto só envolvendo o crime de maus-tratos a animais domésticos. Com a alteração legislativa recente, a pena pode chegar até cinco anos de prisão. Sobre o caso do cachorro decapitado no bairro Floresta, o delegado Larry informou que as investigações continuam em andamento.

Animais silvestres

Além dos crimes envolvendo maus-tratos a animais domésticos, a delegacia de Larry investiga casos envolvendo caça, tráfico e comércio de animais silvestres.

“Desde o ano passado, resgatamos mais de 400 animais silvestres que eram comercializados aqui na região de Joinville”, conta o delegado, que é responsável também pela apuração de crimes contra a flora em geral, como desmatamento e poluição.

Fonte: ND+



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