Mortes com maquinas agrícolas no Alto Vale elevam os cuidados durante a operação; confira algumas recomendações

Mortes com maquinas agrícolas no Alto Vale elevam os cuidados durante a operação; confira algumas recomendações


Constantemente, os acidentes envolvendo máquinas agrícolas ocorridos na região, vem sendo noticiados e repercutem a nível nacional. Nesta semana a morte de três agricultores por acidentes com máquinas agrícolas (trator), chocou a região do Alto Vale do Itajaí. Dois acidentes foram em Imbuia e o terceiro, na manhã de quinta-feira, dia 16, em Petrolândia.

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O Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina, caracteriza-se, em parte, por ser uma região com uma agricultura altamente mecanizada, principalmente quando nos referimos às culturas de maior representatividade econômica, tais como: milho, arroz, soja e fumo.

Dos três acidentes com morte no Alto Vale, dois foram causados por atitudes inseguras, ou seja, falhas pessoais. Isso é caracterizado como imprudência.

CUIDADOS DURANTE A OPERAÇÃO

Uma forma de prevenção de acidentes decorrentes de atos inseguros se dá por meio da conscientização e treinamento dos usuários, fazendo com que estes saibam das consequências, que muitas vezes resultam na perda da própria vida. No que se refere às condições inseguras, a observância e melhoria de determinados fatores que formam o ambiente rural são determinantes para evitar possíveis acidentes, devendo-se levar em consideração desde uma simples manutenção na oficina rural, até a declividade e o tipo de terreno onde a operação agrícola mecanizada será realizada.

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Na propriedade rural, o tipo de operação mecanizada a ser realizada e as condições atípicas do terreno podem se revelar verdadeiras “armadilhas” aos operadores. A existência de um simples buraco coberto por vegetação ou área encharcada, onde o solo não possui capacidade de sustentação ao tráfego de máquinas, podem comprometer a segurança das operações.

Neste sentido, o planejamento prévio da operação e o reconhecimento do local onde a mesma será realizada também são considerados fundamentais. Para isso, o operador deve ter em mente as limitações decorrentes da inclinação e dos obstáculos que podem colocar em risco a integridade da máquina e, principalmente, a si mesmo. Por isso, saber das condições do limite de estabilidade lateral e longitudinal da máquina é de suma importância, para evitar acidentes, principalmente, por tombamento lateral.

Tanto os usuários quanto os responsáveis técnicos devem estar atentos aos dispositivos e demais elementos de segurança da máquina, tais como: estrutura de proteção contra o capotamento (EPCC), cinto de segurança, proteção da tomada de potência (TDP) e de outros componentes móveis, como correias e polias. Estes itens de segurança, quando corretamente instalados e utilizados, podem evitar acidentes, e reduzir significativamente a gravidade das lesões. O problema consiste na negligência em relação aos elementos de proteção e segurança, contribuindo para o aumento do número de acidentes.

A falta de proteção da árvore cardânica é a principal causa de muitos acidentes, na maioria fatais, devido ao enrolamento ou por ocasionar lesões graves, pois atinge tanto membros inferiores quanto superiores. A presença da proteção da árvore cardânica não significa que os elementos móveis estejam completamente protegidos. Há necessidade, ainda, do aprisionamento desta estrutura por uma corrente, em ambas as extremidades de fixação, além da presença da proteção tipo escudo, tanto na saída do eixo da TDP do trator, quanto do implemento.

No contexto da presença e utilização de elementos de segurança, a EPCC e o cinto de segurança são importantes aliados na prevenção de acidentes, e suas condições devem ser observadas. O efeito na redução das lesões ou de mortes quando da ocorrência de um capotamento, está fortemente relacionado com a presença da EPCC e do uso do cinto de segurança.

Quando o trator possui EPCC, o uso do cinto de segurança se torna obrigatório, pois durante uma situação de capotamento o operador ficará “preso” ao assento, o que poderá evitar que seja esmagado pela máquina. Situação inversa ocorre quando os tratores não possuem tal estrutura, onde não se recomenda o uso do cinto de segurança. Neste caso, o uso do cinto fará com que o operador fique “preso” ao assento, porém devido à falta da EPCC, o mesmo poderá ser esmagado pela máquina.

Outros dispositivos podem colaborar para a prevenção de acidentes. Muitas vezes, tecnologias simples de serem aplicadas são deixadas de lado pelos fabricantes, por questões de custo ou falta de exigência do mercado. Uma delas é o acionamento da tração dianteira auxiliar (TDA) ao acionar os pedais do freio, colaborando para a maior capacidade de frenagem. Sensores de inclinação poderiam ser instalados, no intuito de alertar o operador quanto ao risco de tombamento da máquina quando a operação estiver sendo realizada em terrenos declivosos.   

Limitadores de velocidade também podem colaborar para a prevenção de acidentes, evitando abusos pelos operadores. Em alguns países Europeus, onde o tráfego de máquinas agrícolas em rodovias é grande, estes itens são obrigatórios. Existem dispositivos que cortam o sistema de injeção de combustível do motor de tratores, para que as velocidades não excedam 40km/h. Tal sistema poderia ser facilmente instalado em motores com injeção eletrônica de combustível.

Ainda, na Europa, os tratores são equipados com sistemas hidráulicos ou pneumáticos para acionamento dos freios de reboque. Também, é comum o uso de suspensão dianteira, garantindo maior capacidade de resposta da direção em buracos ou obstáculos e da frenagem, devido às elevadas velocidades. Na Alemanha, por exemplo, é permitido que o trator atinja até 80 km/h, em rodovias.

A observação das recomendações de segurança antes e durante as operações agrícolas, bem como durante o deslocamento das máquinas, pode reduzir os riscos de acidentes. Algumas recomendações estão listadas no quadro abaixo.

Com informações de Alexandre Russini (Grupo Cultivar) / Rede Web TV



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