Pioneira em SC, proibição da venda de ossos por açougues pode ser adotada em outros estados

Pioneira em SC, proibição da venda de ossos por açougues pode ser adotada em outros estados


O Procon do Paraná avalia proibir a venda de ossos de carne bovina nos açougues e mercados do Estado. A medida é semelhante à adotada pelo Procon de Santa Catarina nesta terça-feira (5) – o órgão foi pioneiro no país.

Procurado pela reportagem, o órgão do Paraná informou que estuda a ação e emitirá um posicionamento até o final da tarde desta sexta-feira (8). Os representantes se reuniram com Procon de Santa Catarina na última quarta-feira (6) com o objetivo de discutir a medida.

A restrição foi bem recebida pelos fiscais paranaenses, informa Thiago Silva, diretor do Procon de Santa Catarina. No fim da tarde desta quinta, 48 horas após a proibição ser decretada, o Procon de Santa Catarina acompanhava a aplicação. Até então, não foram identificados estabelecimentos descumprindo a regra, segundo Silva.

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A foto de um açougue de Florianópolis com uma placa informando “Osso é vendido, não doado” inspirou a medida. O órgão identificou oito estabelecimentos, entre açougues e mercados, vendendo o subproduto: dois em São José, dois em Palhoça, três em Florianópolis e um em Biguaçu.

O Procon do Paraná não informou se práticas semelhantes foram registradas no Estado.

“Medida abusiva”

O Procon de Santa Catarina considera que cobrar pelos ossos em meio ao aumento no preço da carne é “abusivo”. “Recomenda-se que as empresas se abstenham de cobrar pelos ossos de bois […] sob pena de incorrer em afronta à legislação consumerista”, informa a recomendação também assinada pela Acats (Associação Catarinense de Supermercados).

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Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento no preço da carne bovina chegou a cerca de 30% somente no último ano. “No momento de crise que estamos vivendo, é até desumano que esses estabelecimentos estejam cobrando por ossos”, afirma Silva.

O setor questionou a medida, afirmando que sempre foi hábito vender os ossos e que o produto já é pago pelos proprietários. Pratos como ossobuco, caldos e sopa de ossos levam o ingrediente.

No contexto da fome, que cresceu na pandemia e atinge 19,1 milhões de brasileiros (dados da Rede Penssan – Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar), as pessoas também procuram restos de carne nos ossos.

Fonte: SCC10



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