Saiba como agricultores podem proteger as plantações do frio

Saiba como agricultores podem proteger as plantações do frio


O frio intenso tem causado preocupação no setor agrícola do Estado. Sendo assim, culturas como a da banana, citros, hortaliças, morango e mandioca devem ter uma atenção especial por parte dos produtores.

A Epagri/Ciram fez algumas recomendações para os produtores das hortaliças em geral, especialmente folhosas. Uma delas é manter aspersores ligados no dia em que a geada ocorre, até o nascer do sol.

Isso porque a água tem temperatura maior em relação ao ambiente, formando uma camada de vapor que protege as plantas do congelamento.

“Alguns cuidados principalmente no manejo da água, na condução das plantas, nas adubações, cuidados básicos para que não haja prejuízo na produção de hortaliças”, destacou Edson Carlos de Quadra, extensionista rural da Epagri.

Segundo Edson Quadra os produtores de hortaliças podem ligar os aspersores de irrigação logo na madrugada que inicia a geada para minimizar o impacto do congelamento das plantas. “Pode deixar a irrigação ligadas até 9, 11 horas da manhã, para que evite o congelamento dessas plantas”, orientou.

Outra prática indicada por Quadra é dentro das estufas usar galões com serragens dentro. “É para aquecer, fazer fumaça, mas sem fogo, para aumentar um pouco a temperatura mais próxima ao solo”, indicou ele.

Segundo a Epagri, a formação de geada pode impactar negativamente na atividade agrícola e pecuária, causando prejuízos em cultivos e criações sensíveis ao frio. Para pequenos agricultores, o temor com a geada é elevado.

O agricultor Jaime Leopoldo é um dos que temem o prejuízo. Com uma área plantada de dois hectares na zona rural da cidade de Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, ele deve ter uma perda de aproximadamente 50% de sua produção de alface, couve, espinafre e rúcula.

A cidade de Antônio Carlos é a maior produtora de hortaliças de Santa Catarina, com produção média anual de 150 mil toneladas. “Muito complicado, né. Mas é esperar e ver o prejuízo que vai dar. Se perder toda plantação é começar a plantar novamente”, lamentou Jaime.

A maior parte da produção dele é vendida para uma rede de supermercados do Estado. As colheitas são feitas todas as terças e sextas-feiras. Na área plantada, Jaime possui metade de suas plantações cobertas por estufas plásticas, porém a outra parte não possui esse abrigo.

Segundo o agricultor, o alto custo das lonas impossibilitou proteger a totalidade da plantação. “Sei que podia ter uma cobertura de plástico. Mas o custo e o transtorno são muito grandes e o agricultor não tem retorno. O investimento é muito alto e já são quatro anos com o mesmo preço da mercadoria”, explicou Jaime, ao lembrar que cada lona custa em torno de R$ 3 mil.

Agricultor Jaime Leopoldo conseguiu cobrir com lona de plástico apenas uma parte de suas plantações – Foto: Paulo Rolemberg/ND

Fonte: ND+



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